O ministro das Relações Exteriores italiano reiterou neste sábado (1º) a sua oposição ao uso de armas italianas pela Ucrânia para atacar o território russo, alertando que decisões "precipitadas" devem ser evitadas.

Os membros da Otan demonstram um apoio crescente ao uso de armas fornecidas pelas potências ocidentais à Ucrânia para atacar o solo russo, mas Roma, membro fundador da aliança militar, continua a opor-se. 

"É um momento muito delicado, não devemos dar passos em falso" e devemos evitar "decisões e declarações precipitadas", afirmou Antonio Tajani durante uma reunião em Rapallo, no noroeste de Itália, segundo as agências de notícias AGI e Ansa. 

"Inclusive os Estados Unidos não autorizaram o uso indiscriminado de suas armas contra a Rússia, apenas para atacar uma base de onde partem os drones. Eles também são muito cautelosos", declarou, segundo a AGI.

Tajani acrescentou que a Itália enviará outro pacote de ajuda à Ucrânia nas próximas “semanas”. 

Mas "não enviaremos um único soldado italiano para lutar na Ucrânia, porque não estamos em guerra com a Rússia", reiterou. 

A Alemanha anunciou na sexta-feira que deu permissão à Ucrânia para disparar armas fornecidas contra alvos na Rússia. 

No dia anterior, um alto funcionário dos EUA anunciou que Washington suspendeu parcialmente restrições semelhantes para permitir que a Ucrânia defendesse a região oriental de Kharkiv, na fronteira com a Rússia.

A Alemanha argumentou esta mudança na sua política devido à ofensiva que Moscou vem realizando desde o início de maio na região de Kharkiv. 

A Rússia disparou um total de 100 mísseis e drones contra instalações de energia na Ucrânia durante a noite, informaram as autoridades ucranianas neste sábado.

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