A ministra Cármen Lúcia, nova presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse nesta segunda-feira (03) que vai combater o que chamou de "mentiras" disseminadas pelas redes sociais, antes das eleições municipais de outubro.
Cármen Lúcia sucede Alexandre de Moraes, cuja gestão foi marcada pela inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e por um combate ferrenho à desinformação na internet.
“O que distingue este momento da História de todos os outros é o ódio e a violência agora usados como instrumentos por antidemocratas para garrotear a liberdade. O algoritmo do ódio, visível e presente, apresenta-se à mesa de todos", disse a ministra durante cerimônia em Brasília, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros líderes.
Cármen Lúcia, que, assim como Moraes, também integra o Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que “a mentira espalhada pelo poderoso ecossistema digital das plataformas é um desaforo tirânico contra a integridade das democracias”, e garantiu que, no seu mandato, ela "continuará sendo duramente combatida”, e que as eleições vão acontecer "com tranquilidade, segurança e integridade”.
Cármen Lúcia já havia ocupado a presidência do TSE, em 2012, quando se tornou a primeira mulher a dirigir o tribunal. Agora, sucede Moraes, com quem compartilha posições, porém com um perfil mais discreto, segundo a imprensa.
Moraes se despede do TSE e seu lugar será ocupado por André Mendonça.
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