O papa Francisco lamentou, nesta sexta-feira (7), "o ódio" que a guerra entre Israel e Hamas "semeia nas gerações futuras" e voltou a pedir um cessar-fogo, a liberação dos reféns e ajuda humanitária para os palestinos. 

“Todo esse sofrimento (...), a violência que essa [guerra] desencadeia e o ódio que ela semeia nas gerações futuras deveriam nos convencer de que toda guerra deixa o mundo pior do que o encontrou", disse o pontífice por ocasião do décimo aniversário da invocação pela paz na Terra Santa, celebrada pelo ex-presidente israelense Shimon Peres e pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. 

"Todos os dias eu rezo para que essa guerra finalmente termine. Penso em todos aqueles que sofrem, em Israel e na Palestina, cristãos, judeus e muçulmanos", acrescentou o papa argentino. 

"Penso na urgência de que dos escombros de Gaza se tome finalmente a decisão de deter as armas e, por isso, peço um cessar-fogo. Estou pensando nas famílias e nos reféns israelenses e peço que eles sejam libertados o mais rápido possível. Estou pensando no povo palestino e peço que sejam protegidos e recebam toda a ajuda humanitária necessária", reiterou Francisco. 

O papa, de 87 anos, conclamou o mundo inteiro a trabalhar e se comprometer "por uma paz duradoura, onde o Estado da Palestina e o Estado de Israel possam viver lado a lado, derrubando os muros da inimizade e do ódio”. 

Todos nós devemos nos preocupar com Jerusalém, para que ela se torne a cidade do encontro fraterno entre cristãos, judeus e muçulmanos, protegida por um status especial garantido em nível internacional", concluiu Francisco, referindo-se à cidade que Israel proclamou como sua capital após a anexação de Jerusalém Oriental. 

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