A Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou, nesta sexta-feira (7), que 11 de seus funcionários estavam "detidos" por rebeldes huthis no Iêmen e fez um apelo à sua libertação "incondicional", após o sequestro de diversos trabalhadores de instituições internacionais por parte deste grupo apoiado pelo Irã.

De acordo com a organização iemenita de direitos humanos Mayyun, pelo menos 18 iemenitas foram sequestrados na quinta-feira pelos serviços de segurança em quatro regiões controladas pelos insurgentes.

Uma fonte diplomática confirmou à AFP sob condição de anonimato que funcionários de diversas agências da ONU haviam sido sequestrados.

"As autoridades huthis detiveram 11 funcionários locais das Nações Unidas que trabalhavam no Iêmen", disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.

"Estamos explorando todos os canais disponíveis para garantir a libertação segura e incondicional de todos eles o mais rápido possível", acrescentou. 

Os huthis ainda não comentaram sobre o ocorrido.

"O grupo armado huthi invadiu as casas e sequestrou os funcionários das Nações Unidas e de outras organizações que operam em quatro províncias" sob seu controle, segundo a organização Mayyun.

As detenções foram "simultâneas", segundo a ONG, e ocorreram em Saná, a capital, e nas cidades de Hodeida, Amran e Saada, tradicional reduto dos rebeldes.

As prisões são uma prova da perigosa tarefa dos trabalhadores humanitários no Iêmen, cuja longa guerra civil levou o país a uma das piores crises humanitárias do mundo. 

Os huthis tomaram o controle de Saná em setembro de 2014, o que provocou uma intervenção militar liderada pela Arábia Saudita.

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