A França, atual vice-campeã mundial, chega à Eurocopa com o peso do favoritismo e com incerteza sobre o rendimento de sua principal estrela, o atacante Kylian Mbappé, em um Grupo D que pode ser uma armadilha com Polônia, Holanda e Áustria.

- Todos os olhares sobre Mbappé -

A bicampeã europeia e bicampeã mundial chega ao torneio continental com sede de vitória, depois de perder a final em casa na edição de 2016 para Portugal e cair nas oitavas de final cinco anos depois diante da Suíça, além da frustrante derrota para a Argentina na final da Copa do Mundo de 2022.

Apesar de não ter caído em um grupo dos mais fáceis, o formato da competiçaõ (com os dois melhores de cada chave e os quatro melhores terceiros colocados) parece propício para que o time francês passe sem sustos da primeira fase. Mas os planos do técnico Didier Deschamps vão mais longe, e para isso é essencial contar com a melhor versão de Mappé.

Porém, o atacante não viveu sua melhor temporada com o Paris Saint-Germain, e sua recente contratação pelo Real Madrid pode distrair o capitão da equipe, já que todos os olhares estarão voltados para ele.

- 'Laranja Mecânica', mas... -

Sempre competitiva e temível, a Holanda chega à Euro depois de ter caído nas quartas de final o Mundial de 2022, já sem Louis Van Gaal e com Roland Koeman no comando, em sua segunda passagem pela 'Oranje'.

No papel, é a segunda equipe mais forte do grupo, com jogadores de primeira linha como o zagueiro Virgil van Dijk, o lateral Jeremie Frimpong e os meio-campistas Frenkie de Jong e Xavi Simons, que querem suceder Marco van Basten, Ruud Gullit e Frank Rijkaard, destaque da seleção holandesa campeã europeia em 1988.

Mas a 'Laranja Mecânica' não vence um jogo eliminatório após a fase de grupos da Euro desde 2004. Uma boa estreia contra a Polônia será crucial para a sequência da equipe na competição.

- Lewandowski volta à Alemanha -

A Polônia chega ao torneio continental pisando em ovos. Terceira colocada de seu grupo nas Eliminatórias atrás de Albânia e República Tcheca, bateu a Estônia na repescagem antes de selar a classificação derrotando País de Gales nos pênaltis.

Nesse ínterim, a equipe passou por uma mudança de treinador, com a saída do português Fernando Santos e a chegada do pouco conhecido Michal Probierz, da seleção Sub-21.

Mas a Polônia conta com um ás na manga, o atacante Robert Lewandowski, que apesar dos seus 35 anos continua sendo uma ameaça para as defesas adversárias. Além disso, o jogador do Barcelona volta ao país onde se firmou como artilheiro, no Borussia Dortmund e no Bayern de Munique.

- Áustria sem Alaba, mas com Rangnick -

Apesar de não contar com estrelas no elenco e com seu principal jogador, David Alaba, fora por lesão, a Áustria tem a vantagem de jogar praticamente em casa, na vizinha Alemanha.

Começando pelo técnico, o alemão Ralf Rangnick, que construiu uma base e conseguiu resultados que valorizam seu trabalho à frente da equipe.

A seleção austríaca terminou atrás da Bélgica nas Eliminatórias e recentemente conseguiu vitórias convincentes sobre Alemanha (2 a 0) e Turquia (6 a 1). Tudo isso fez com que o Bayern de Munique tentasse a contratação de Rangnick para a próxima temporada, antes de confirmar a chegada de Vincent Kompany.

Além do treinador alemão, a Áustria tem 14 dos 29 jogadores convocados na lista oficial que atuam em clubes da Bundesliga.

bur-iga/mcd/cb

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