Após dois anos de espera, a série 'A Casa do Dragão' está pronta para uma segunda temporada, que começa em 16 de junho e promete ainda mais sangue, fogo e luta pelo poder, os ingredientes do sucesso de sua antecessora 'Game of Thrones'.

A greve de roteiristas e atores nos Estados Unidos adiou por vários meses a finalização da temporada, ambientada na mítica Westeros, quase dois séculos antes dos eventos retratados em 'Game of Thrones'.

A segunda temporada estreia em 16 de junho nos Estados Unidos e no Brasil na plataforma Max, resultado da fusão da HBO Max com a Discovery+.

O primeiro episódio retoma a trama onde os fãs se despediram dos protagonistas: a filha do recém-falecido rei Viserys, Rhaenyra (Emma d'Arcy), disputa o trono com seu meio-irmão Aegon (Ty Tennant), que acaba de assumir o poder.

Rhaenyra envia um de seus filhos em um dragão para forjar alianças, mas no caminho o jovem Lucerys morre em uma batalha nos céus com o primo Aemond (Ewan Mitchell), o perturbador príncipe de cabelos brancos e apenas um olho.

- Maior, mais solene -

A partir deste ponto, a intriga dos oito episódios da nova temporada está sob segredo absoluto.

Porém, dos trechos divulgados nas redes sociais há algumas semanas é possível deduzir que as mulheres terão um papel essencial na temporada, assim como os dragões, que em 'Game of Thrones' só apareceram de forma decisiva nas últimas temporadas.

"Tudo fica maior, há mais cenários para as intrigas e batalhas", explicou o criador do mundo de Westeros, o escritor George R.R. Martin, em um vídeo promocional.

"É um mundo profundamente imersivo. E, embora em alguns momentos possa ser emocionante e espetacular, acredito e espero que sejam as conexões dos personagens que motivem o público a retornar", declarou à AFP o 'showrunner' e produtor executivo da série, Ryan Condal.

A primeira temporada, exibida em 2022, foi um sucesso de público. O primeiro episódio foi assistido por quase 10 milhões de telespectadores nos Estados Unidos, a maior audiência de uma série original na história da HBO.

Condal reconhece que 'House of the Dragon' (título original) é mais sombria e "solene" que 'Game of Thrones', o maior sucesso da história das séries de TV, repleta de personagens peculiares, com humor ácido e situações obscenas que provaram a alegria (e às vezes escândalo) do público.

"Esta série tende a focar na principal família (os Targaryen), mas vamos introduzir uma série de novos personagens de camadas menos privilegiadas da sociedade", explica.

"Grande parte do humor da série original veio dos choques culturais de pessoas de diferentes camadas sociais", acrescenta.

- Daemon, o mais imprevisível -

O personagem mais imprevisível talvez seja Daemon (Matt Smith), o tio e marido de Rhaenyra, fiel à sua rainha, mas também obcecado pelo trono, observa Condal.

"Acredito que Daemon continua sendo o personagem mais volátil, mas espero que tenhamos muitos outros na temporada", afirma.

Uma das frases enigmáticas da primeira temporada foi a declaração do rei Viserys para sua filha Rhaenyra: "A ideia de que controlamos os dragões é uma ilusão".

"Será necessário esperar", declara Condal com um sorriso. "De certa forma, podemos ver 'A Casa do Dragão' como uma metáfora para a energia nuclear. Existem duas superpotências, ambas com dragões. Mas estes dragões são feras vivas. E apenas porque um humano monta um dragão não significa que o controle", completou.

A terceira temporada da série já está sendo escrita, segundo Condal.

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