O Crescente Vermelho palestino acusou, nesta segunda-feira (10), o Exército israelense de ter usado no sábado um caminhão de ajuda humanitária para se infiltrar no campo de Nuseirat, no centro de Gaza, durante uma operação que resultou na libertação de quatro reféns.
"As forças de ocupação enganaram a população se escondendo atrás da proteção a uma ajuda que os civis precisam desesperadamente", denunciou a organização em um comunicado. "Isso coloca em perigo a segurança das equipes humanitárias".
Nebal Farsakh, porta-voz do Crescente Vermelho, declarou à AFP que, com este precedente, os trabalhadores humanitários poderiam ser vistos com receio no futuro.
Questionado pela AFP, o Exército israelense citou uma mensagem publicada na rede social X em 8 de junho.
Na publicação, um porta-voz das Forças Armadas classificou como "mentiras" as alegações de que os soldados israelenses libertaram os reféns entrando em Nuiserat em caminhões de ajuda humanitária.
Quatro reféns mantidos em cativeiro em Gaza desde 7 de outubro foram libertados no sábado durante uma operação militar israelense neste campo de refugiados.
Tratam-se de uma mulher, Noa Argamani, de 26 anos, e três homens: Almog Meir Jan, de 22; Andrey Kozlov, de 27; e Shlomi Ziv, de 41.
Todos foram sequestrados no festival de música eletrônica Nova durante o ataque do Hamas ao sul de Israel, que deu início à guerra.
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