Os Estados Unidos trabalharão com os países mediadores para chegar a um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, nesta quarta-feira (12), admitindo que nem todas as exigências do Hamas eram "viáveis", mas que esperava que as diferenças nas negociações fossem superadas.

O grupo islamista palestino respondeu na véspera aos mediadores do Catar e do Egito sobre o plano de cessar-fogo proposto em 31 de maio pelo presidente dos EUA, Joe Biden, apresentado como se fosse uma iniciativa israelense.

O Hamas pediu a "interrupção total da agressão" em Gaza e propôs "emendas" ao plano apresentado por Biden, especialmente no que diz respeito a "um calendário para um cessar-fogo permanente e a retirada total das tropas israelenses" no enclave palestino, indicou uma fonte próxima às negociações.

O chefe da diplomacia americana, que se encontra no Catar para consultas sobre a resposta do Hamas, disse que o movimento islamista, em guerra contra Israel há oito meses na Faixa de Gaza, poderia ter dado "um claro e simples sim". 

Entre as exigências do Hamas, "algumas mudanças são alcançáveis, outras não", declarou Blinken. 

"Estamos determinados a tentar preencher as lacunas. E acredito que essas lacunas podem ser preenchidas", acrescentou. "Isso não significa que serão porque, no final das contas, é o Hamas quem terá que decidir". 

Blinken também estimou que um acordo em Gaza reduziria as tensões entre Israel e o Líbano, onde há trocas de disparos diárias entre o Exército israelense e o movimento pró-Irã Hezbollah, aliado do Hamas. 

"Não tenho dúvidas de que a melhor forma de alcançar uma solução diplomática no norte [de Israel], no Líbano, é resolver o conflito em Gaza e alcançar um cessar-fogo", disse aos repórteres.

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