Um grupo de ativistas ambientais alemães encerrou, nesta quinta-feira (13), uma greve de fome de três meses que visa pressionar o governo a multiplicar os seus esforços contra a crise climática, anunciou o grupo de ativistas.
O protesto começou em março sob o lema "morrer de fome até dizer a verdade", quando o primeiro membro do grupo, Wolfgang Metzeler-Kick, parou de comer.
O ativista de 49 anos ficou em greve de fome durante um total de 92 dias e foi internado no hospital no início de junho, embora tenha continuado a ação durante vários dias depois.
Outras sete pessoas juntaram-se a ele ao longo das semanas e o grupo montou acampamento em um parque central em Berlim.
Alguns membros começaram a comer novamente nas últimas semanas e os restantes já terminaram a greve de fome, disseram em um comunicado.
O grupo indicou que a sua ação visa realçar que "a continuidade da existência da civilização humana está ameaçada pela catástrofe climática" e exigir uma mudança "radical" de rumo.
No final de maio, o chanceler alemão, Olaf Scholz, fez um apelo e pediu o fim da greve de fome, dizendo que não era a forma correta de desencadear um debate sobre se a Alemanha faz o suficiente para combater a mudança climática.
Nos últimos dois anos, os ativistas ambientais recorreram a alguns métodos chamativos para transmitir a sua mensagem por todo o país. Ativistas do grupo radical conhecido como Letzte Generation ("Última Geração") realizaram repetidos protestos nas estradas, colando as mãos no asfalto.
Outros manifestantes chegaram a atirar purê de batata a um quadro de Claude Monet em Potsdam, perto de Berlim.
sr/sea/bp/bc/mb/aa/fp