Dezenas de pessoas foram mortas em um ataque na região de Beni, no leste da República Democrática do Congo, que foi atribuído a rebeldes ligados ao grupo jihadista Estado Islâmico, anunciaram as autoridades locais nesta quinta-feira (13).

O coronel Alain Kiwewa Mitela, uma autoridade no território de Lubero, disse à AFP que 42 corpos foram encontrados após o ataque na noite de quarta-feira.

O massacre elevou para 150 o número de mortos em ataques das Forças Democráticas Aliadas (FDA) desde o início do mês, de acordo com uma contagem que combina números das autoridades locais e da sociedade civil.

As FDA, originalmente formadas por rebeldes muçulmanos de Uganda, operam há três décadas no leste da República Democrática do Congo.

Seba Paluku, um líder da sociedade civil na área, disse à AFP que foram encontrados 41 corpos, alguns "amarrados" e outros "decapitados".

"Fui com os soldados ao local da tragédia", disse ele. "Os corpos ainda estão caídos no chão e não há como transportá-los porque os veículos não conseguem chegar lá."

Samuel Kakule, presidente da sociedade civil em Mangurujipa, um vilarejo próximo ao local do ataque, disse que foi informado na tarde de quarta-feira sobre "a presença das FDA" e que, mais tarde, os milicianos começaram a "atirar na população" e "as primeiras vítimas começaram a chegar ao hospital".

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