A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, descartou nesta quinta-feira (13) um diálogo com o Equador, após a invasão à sua embaixada em Quito, e insistiu em que o conflito deve ser resolvido por meio de uma ação movida na Corte Internacional de Justiça (CIJ).

"O que o Equador fez com o México não é algo menor, portanto não é uma questão de sentar e conversar", disse Claudia em entrevista coletiva, durante a qual reiterou as exigências incluídas no argumento mexicano apresentado em abril ao máximo tribunal da ONU.

"Eles têm que dar o passo, as desculpas públicas, o que a ação pede, e também o reconhecimento do direito de asilo", acrescentou a presidente eleita.

A disputa teve início em 5 de abril, quando forças do Equador invadiram a representação diplomática do México e prenderam o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que estava asilado no local. No dia seguinte, o México anunciou o rompimento de suas relações com o Equador e a retirada de todo o seu quadro diplomático daquele país.

Os dois países apresentaram seus argumentos orais na CIJ em 30 de abril e 1º de maio. O México pede que se declare que o Equador violou suas obrigações internacionais e a suspensão da sua adesão à ONU até que autoridades daquele país se desculpem publicamente.

O Equador, por sua vez, processa o México por suposto "abuso" das prerrogativas diplomáticas para proteger Glas.

"O Equador fez um ataque violento à embaixada do México. Está sendo solicitada a expulsão do Equador das Nações Unidas, para que não aconteça novamente, porque foi extremamente grave", disse a presidente mexicana eleita.

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