A direção executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou, nesta quinta-feira (13), a oitava revisão do acordo de crédito com a Argentina, que permite "o desembolso imediato de aproximadamente 800 milhões de dólares" (R$ 4,3 bilhões) ao país, informou a instituição financeira.

Este dinheiro "apoiará os esforços das autoridades para restabelecer a estabilidade e fortalecer a viabilidade externa da Argentina", assinalou o Fundo em comunicado.

Em 2022, o FMI e o governo argentino acordaram um programa de crédito no qual o país sul-americano receberá 44 bilhões de dólares (R$ 237,5 bilhões, na cotação atual) em 30 meses em troca de aumentar suas reservas internacionais e reduzir o déficit fiscal, de 3% do Produto Interno Bruto em 2021 para 2,5% em 2022, 1,9% em 2023 e 0,9% em 2024.

Com a aprovação da oitava revisão, a Argentina já recebeu 41,4 bilhões de dólares (R$ 223 bilhões, na cotação atual) no total.

O programa de crédito "está firmemente encaminhado", já que foram cumpridos "com margens" todos os "critérios quantitativos de rendimento até o fim de março de 2024", acrescentou a instituição financeira na nota.

Mas, "para manter os sólidos avanços, é necessário melhorar a qualidade do ajuste fiscal, iniciar passos para um marco melhorado de política monetária e cambiária e implementar a agenda estrutural", advertiu.

O Fundo insistiu em que o governo do presidente ultraliberal Javier Milei deve se esforçar para "apoiar os mais vulneráveis, ampliar o apoio político e garantir a agilidade na formulação das políticas".

Milei vive um bom momento. Nas últimas horas, recebeu boas notícias.

O Instituto Nacional de Estatística divulgou a inflação de maio, que se moderou até ficar em 4,2%, embora continue sendo uma das mais altas do mundo em 12 meses, chegando perto de 280%.

Além disso, o Senado argentino aprovou na madrugada desta quinta-feira seu pacote de reformas do Estado em uma longa sessão marcada por distúrbios na frente do Congresso, que deixaram cerca de 20 feridos e detidos.

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