O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou neste sábado, na Itália, que o Brasil só participará de negociações de paz na Ucrânia se a Rússia também for convidada.

"Brasil só participará de reunião para discutir um país quando os dois lados em conflito estiverem sentados na mesa. Porque não é possível você ter uma briga entre dois e achar que reunindo só um resolve o problema", afirmou em uma conferência de imprensa durante sua participação na cúpula do G7.

Apesar do convite expresso da presidente suíça Viola Amherd, Lula recusou participar neste sábado de uma cúpula pela paz na Ucrânia celebrada no país alpino sem a presença da Rússia. 

"Nós estamos propondo que haja já boa negociação efetiva, que a gente coloque definitivamente a Rússia na mesa, o Zelensky na mesa e vamos ver se é possível, convencê-lo de que a paz vai trazer melhor resultado do que a guerra",  afirmou em Carovigno, onde o G7 se reúne.

O Brasil participa como convidado na cúpula anual do grupo das sete democracias mais ricas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) que termina neste sábado na região de Apúlia.

Lula já gerou polêmica em outras ocasiões ao afirmar que a responsabilidade pelo conflito na Ucrânia é compartilhada, apesar de ter condenado a invasão russa em fevereiro de 2022.

pc/acc/jc

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