O emissário do governo dos Estados Unidos Amos Hochstein pediu nesta terça-feira (18) no Líbano uma desescalada "urgente" das trocas de tiros na fronteira entre o movimento libanês Hezbollah e as tropas israelenses, que começaram após o início da guerra em Gaza.

"O conflito (...) entre Israel e Hezbollah já está durando muito tempo", declarou Hochstein durante a sua visita a Beirute.

"Estamos todos interessados em resolver isto de forma rápida e diplomática. E isto é viável e urgente", acrescentou o enviado americano, conselheiro do presidente Joe Biden.

A fronteira entre Israel e Líbano é cenário de troca de tiros quase diários desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas em Gaza, no dia 7 de outubro.

O emissário americano se reuniu com o presidente do Parlamento do Líbano, Nabih Berri, depois de um encontro na segunda-feira com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém. 

O Hezbollah, aliado do Hamas, afirmou que efetuou mais de 2.100 operações militares contra Israel desde 8 de outubro. 

O movimento xiita ligado ao Irã intensificou os ataques contra áreas militares ao norte de Israel na semana passada, depois da morte de um comandante de alto escalão do grupo em um bombardeio israelense.

O Hezbollah, no entanto, não reivindicou nenhum ataque contra Israel desde a tarde de sábado, apesar dos bombardeios em uma área de fronteira do sul do Líbano que provocaram a morte de um de seus combatentes na segunda-feira.

Ao menos 473 pessoas morreram no Líbano após mais de oito meses de ataques na fronteira, a maioria combatentes, mas também 92 civis, segundo estimativas da AFP. 

Do lado de Israel, ao menos 15 soldados e 11 civis morreram, segundo as autoridades. Nos dois lados da fronteira, dezenas de milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas devido às hostilidades.

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