Dois ativistas da organização ecologista Just Stop Oil foram presos, nesta quarta-feira (19), por pichar os monolitos do Stonehenge, anunciaram a polícia e o próprio grupo de defesa do meio ambiente.
A polícia de Wilshire, no sudoeste da Inglaterra, informou em um comunicado que prendeu dois suspeitos, enquanto o Just Stop Oil, que pede o fim da exploração de combustíveis fósseis, reivindicou a responsabilidade da ação, assegurando que a pintura em pó utilizada "desaparecerá em breve com a chuva".
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra dois homens correndo em direção às enormes pedras que foram um círculo no sítio pré-histórico do sudoeste da Inglaterra, pichando os monolistos com um pó laranja, enquanto algumas pessoas tentam impedi-lo.
"Os agentes chegaram ao local e prenderam duas pessoas suspeitas de danificar o monumento", informou a polícia, quando o local se prepara para receber milhares de visitantes durante o solstício de verão.
A substância "em breve desaparecerá com a chuva, mas não a necessidade urgente de uma ação governamental eficaz para mitigar as consequências catastróficas da crise climática e ecológica", afirmou a organização ecologista no X.
Construído em etapas entre aproximadamente os anos 3000 e 2300 antes de Cristo, Stonehenge é um dos monumentos megalíticos pré-históricos mais importantes do mundo devido ao seu tamanho, construção sofisticada e precisão arquitetônica.
Suas pedras erguidas, que fazem um conjunto de círculos misteriosos, atraem milhares de pessoas todos os anos para as festas pagãs do solstício de verão.
O primeiro-ministro conservador britânico, Rishi Sunak, denunciou "um vergonhoso ato de vandalismo contra um dos monumentos mais antigos e importantes do Reino Unido e do mundo".
Por dois anos, o governo teve que lidar com as ações severas da organização, que atacou obras de arte, interrompeu competições esportivas e shows.
Por causa disso, o governo conservador endureceu a lei sobre o direito de se manifestar em uma tentativa de impedir as ações desse grupo, fundado em fevereiro de 2022, que pede o fim da exploração de energia fóssil antes de 2030.
O líder trabalhista Keir Starmer, favorito para se tornar primeiro-ministro após as eleições de 4 de julho, que podem encerrar catorze anos de governos conservadores, também denunciou o modo de atuação da organização ecologista.
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