A Guarda Costeira italiana anunciou nesta quinta-feira (20) que recuperou outros 12 corpos, depois que mais de 60 pessoas foram dadas como desaparecidas após o naufrágio de uma embarcação com migrantes na costa da Calábria, no sudoeste do país.

Entre os mortos estão pelo menos 26 crianças, algumas delas com poucos meses, segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF). Onze pessoas sobreviveram à tragédia.

A Guarda Costeira informou que recuperou "outros 12 corpos, incluindo mulheres e crianças", no mar Jônico. O número de mortos agora é de 20, esclareceu.

Pelo menos 10 corpos foram encontrados na segunda-feira em outra embarcação de migrantes naufragada perto da ilha italiana de Lampedusa, informou o grupo de ajuda alemão ResQship.

Cerca de 3.155 migrantes que tentavam chegar à Europa morreram ou desapareceram no mar Mediterrâneo no ano passado, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

A mesma agência indica que mais de 1.000 migrantes morreram ou desapareceram no Mediterrâneo desde o início deste ano.

A rota do Mediterrâneo Central é um dos trajetos migratórios mais perigosos do mundo, e 80% das mortes registradas nas águas deste mar ocorreram nesta área.

Muitos migrantes partem em embarcações precárias da Tunísia ou Líbia na tentativa de chegar à Itália.

A primeira-ministra italiana de extrema direita, Giorgia Meloni, que chegou ao poder no final de 2022, prometeu reduzir o número de pessoas que chegam ao país de forma irregular por barco das costas do norte da África.

De acordo com números do Ministério do Interior da Itália, as chegadas de migrantes por mar diminuíram consideravelmente este ano, para 23.725 pessoas entre janeiro e 17 de junho, em comparação com as 53.902 no mesmo período de 2023.

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