A presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, nomeou, nesta quinta-feira (20), os titulares da chancelaria e da Secretaria (ministério) da Economia, que terão como principal função o relacionamento com os Estados Unidos, maior parceiro comercial do país. 

O novo chanceler será Juan Ramón de la Fuente, que antes ocupava o posto de representante do México para as Nações Unidas, e que, de 2007 a 2013, foi reitor da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), uma das principais da América Latina. 

Na Secretaria da Economia, encarregada da revisão do tratado de livre comércio T-MEC com os Estados Unidos e o Canadá até 2026, a presidente eleita decidiu nomear Marcelo Ebrard, que foi chanceler no governo de Andrés Manuel López Obrador e que disputou a vaga para concorrer às eleições presidenciais pela situação de esquerda contra a própria Sheinbaum. 

Os dois novos ministros serão encarregados da relação com os Estados Unidos, que terá eleições presidenciais em 5 de novembro. No pleito, o atual presidente democrata, Joe Biden, tentará se reeleger frente ao representante dos republicanos, Donald Trump. 

"Estou muito orgulhosa, contente de todos que estão aqui hoje e que aceitaram formar nossa equipe", disse a presidente eleita, durante uma coletiva de imprensa realizada na Cidade do México. 

Tanto Sheinbaum quanto os membros do gabinete assumirão suas funções em 1º de outubro de 2024. 

Depois de ser anunciado, Ebrard declarou que entre as atribuições da nova equipe está o enfrentamento de um "mundo mais protecionista" e "mais instável". 

"A tarefa então é navegar nessas águas tempestuosas com tudo o que aprendemos em nossas vidas", afirmou Ebrard.

Já De la Fuente afirmou à imprensa que existem "muitos desafios" na Agenda Internacional, mas que está preparado para "enfrentá-los, por todo os interesses do povo do México". 

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