O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) afirmou que 22 pessoas morreram nesta sexta-feira (21) em Gaza em um bombardeio que danificou seu escritório, em uma área onde há centenas de deslocados vivendo em tendas.

O CICV não especificou quem disparou os "projéteis de grosso calibre", mas em um comunicado na rede social X disse que esses "danificaram a estrutura do escritório do CICV".

Informou que 22 cadáveres e 45 feridos foram levados para um hospital de campanha próximo após o bombardeio e que havia "relatos de vítimas adicionais".

O Ministério da Saúde do território palestino governado pelo Hamas disse que houve 25 mortos e 50 feridos no ataque, pelo qual culpou Israel.

O ministério disse que os bombardeios israelenses "apontaram para as tendas dos deslocados na área de Al-Mawasi", que fica ao redor da base do CICV.

Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF) disse que "uma investigação inicial sugere que não há indícios de que as IDF tenham realizado um ataque na zona humanitária de Al-Mawasi".

"O incidente está sob revisão", esclareceu o porta-voz à AFP.

O CICV afirmou: "Projéteis de grande calibre caíram a poucos metros do escritório e das residências do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na tarde desta sexta-feira".

"Disparar tão perigosamente perto de estruturas humanitárias, cuja localização é conhecida pelas partes em conflito e que estão claramente marcadas com o símbolo da Cruz Vermelha, coloca em risco a vida de civis e do pessoal da Cruz Vermelha", acrescentou a organização.

"Este grave incidente de segurança é um dos vários ocorridos nos últimos dias", acrescentou. "No passado, balas perdidas atingiram as estruturas do CICV. Condenamos esses incidentes que colocam em risco a vida de trabalhadores humanitários e civis".

O CICV tem feito apelos cada vez mais desesperados a Israel e ao Hamas para que respeitem o direito internacional e protejam os civis presos no meio do conflito que estourou após o ataque do Hamas em Israel em 7 de outubro.

Pedindo que ambas as partes façam mais para proteger os civis "independentemente de qual lado estejam", a chefe do CICV, Mirjana Spoljaric, disse que isso representa "a linha entre a humanidade e a barbárie".

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