O presidente queniano, William Ruto, visitou nesta segunda-feira (24) o primeiro contingente de 400 policiais que partirá na terça-feira para o Haiti. A missão internacional tem o objetivo de ajudar as forças de segurança do país caribenho, devastado pela violência das gangues.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou esta missão em outubro, mas o seu envio foi adiado durante meses devido a atrasos logísticos e desafios legais em curso no Quênia.
Ruto, que concordou em deixar o seu país liderar esta missão após meses de negociações, visitou os acampamentos das forças policiais de elite durante uma cerimônia de despedida a portas fechadas.
"Foi uma cerimônia oficial. Quatrocentos homens estão prontos para partir amanhã para o Haiti", disse à AFP um funcionário do Ministério do Interior, pedindo anonimato.
A informação foi confirmada por um membro da presidência, que indicou que o chefe de Estado lhes deu simbolicamente uma bandeira queniana.
No total, o Quênia deverá enviar mil homens para o Haiti. Outros países também contribuirão para esta força.
A Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MMAS), inicialmente prevista para um ano, até outubro de 2024, deve apoiar a polícia haitiana nas suas operações contra gangues e crime, garantir a segurança das infraestruturas (aeroportos, portos, escolas, hospitais...) e permitir aos civis “acesso desimpedido e seguro à ajuda humanitária”, de acordo com a resolução votada pelo Conselho de Segurança da ONU em 2 de outubro.
O Haiti sofre de instabilidade política crônica há décadas. Mas nos últimos meses o país enfrentou um ressurgimento da violência por parte de gangues, que controlam 80% da capital, Porto Príncipe.
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