Ao menos 13 pessoas morreram na terça-feira no Quênia durante um dia de protestos contra o governo, informou a principal associação de médicos do país.
"Até o momento, temos pelo menos 13 pessoas mortas, mas este não é o número final (...) Nunca havíamos observado algo assim", disse o presidente da Associação Médica do Quênia, Simon Kigondu.
Na terça-feira, um grupo de manifestantes invadiu o Parlamento à força pela primeira vez na história do país, independente desde 1963.
As manifestações, lideradas principalmente por jovens, começaram de maneira pacífica na semana passada em Nairóbi e outras cidades para protestar contra os novos impostos previstos no orçamento 2024-2025, que está sendo debatido no Parlamento.
Na terça-feira, quando os opositores voltaram a protestar, a tensão aumentou repentinamente em Nairóbi. Segundo várias ONGs, incluindo a Anistia Internacional no Quênia, a polícia abriu fogo para tentar conter a multidão, o que levou as pessoas a romper os controles de segurança do Parlamento e invadir o edifício.
A terça-feira foi marcada por saques e incêndios de edifícios em Nairóbi e outras cidades. O governo mobilizou o Exército. Durante a noite, o presidente William Ruto se comprometeu a reprimir com veemência "a violência e a anarquia".
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