A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou por unanimidade, nesta quinta-feira (27), durante uma assembleia geral da organização em Assunção, uma resolução que repudia as "ações contra a democracia" durante a tentativa de golpe de Estado na Bolívia na quarta-feira. 

A resolução afirma que "condena energicamente a mobilização ilegal de unidades do Exército do Estado Plurinacional da Bolívia", ao mesmo tempo que expressa a sua solidariedade ao povo boliviano. 

Acrescenta que a mobilização das tropas rebeldes em La Paz foi "uma ameaça ao regime constitucional" e denuncia "qualquer tentativa de desestabilizar as instituições democráticas". 

O representante boliviano, Héctor Arce Zaconeta, agradeceu à OEA a resposta dos membros da organização multilateral durante os últimos acontecimentos na Bolívia.

"A rápida reação dos países gerou um dos elementos que favoreceram e foram decisivos para o fracasso de uma tentativa de desestabilização", disse Arce Zaconeta na 54ª assembleia geral que começou oficialmente na quarta-feira e termina na sexta na sede da Conmebol em Assunção. 

Tanques e tropas lideradas pelo general Juan José Zúñiga, que foi destituído do cargo de comandante do Exército e detido pela polícia, ocuparam a Plaza Murillo, no centro político da Bolívia, na quarta-feira. 

Os militares tentaram arrombar uma porta do palácio presidencial com um dos veículos, em uma manobra que o presidente boliviano, Luis Arce, descreveu como um "golpe de Estado".

O evento causou repúdio generalizado por parte de todos os representantes dos Estados-membros, incluindo o presidente anfitrião, o paraguaio Santiago Peña, e o secretário-geral da OEA, Luis Almagro.

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