Cinco mulheres que acusam um influente padre e artista esloveno de agressões sexuais, supostamente cometidas na década de 1990, pediram nesta sexta-feira(28) à Igreja Católica que retire suas obras de locais de culto em todo o mundo. 

Marko Rupnik, um teólogo e artista de mosaicos de renome mundial, é acusado de cometer violência psicológica e sexual contra pelo menos vinte mulheres em quase 30 anos, especialmente na comunidade que liderou em Liubliana. 

No entanto, suas mais de 200 obras, expostas em Lourdes, Fátima, Damasco, Washington e até no Vaticano, "estão expostas em locais onde os fiéis se reúnem em oração (…) e causam inquietação nas almas dos fiéis", alegam as cinco mulheres em uma carta aos bispos, consultada pela AFP. 

Por isso, pedem para "retirar as obras realizadas pelo padre Marko Rupnik de suas dioceses", indica a carta assinada por sua advogada, Laura Sgro. 

As denunciantes – uma italiana, uma francesa, uma eslovena e duas que desejam permanecer anônimas – afirmam que "muitas mulheres que sofreram lesões irreparáveis (...) revivem" seu trauma com estes mosaicos. 

Além disso, "foi descoberto que durante a criação de alguns mosaicos, pelo menos uma irmã foi agredida sexualmente" e outras mulheres denunciaram abusos enquanto serviam de modelo para o padre. 

O Vaticano não respondeu às perguntas da AFP sobre a carta. 

A Companhia de Jesus, ordem da qual o papa Francisco é membro, excluiu Rupnik em junho de 2023.

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