O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciará a composição de seu gabinete de coalizão neste domingo (30), após semanas de negociações depois que seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA), que governa desde o fim do apartheid, perdeu a maioria absoluta.
Ramaphosa, 71 anos, foi reeleito para um segundo mandato pelos deputados após as eleições gerais de 29 de maio, depois que o CNA forjou um pacto sem precedentes com a Aliança Democrática (AD), partido liberal de centro-direita liderado pelo político branco John Steenhuisen, e outros grupos.
O novo governo será composto por "uma diversidade de partidos políticos", anunciou o gabinete do presidente em um comunicado.
Nas negociações, Ramaphosa teve que equilibrar as exigências de seu próprio partido e do restante da coalizão.
Durante as tensas negociações, vazaram documentos sobre a rixa entre Ramaphosa e o líder do DA.
O CNA - do icônico líder anti-apartheid Nelson Mandela - foi o partido mais votado na eleição, conquistando 159 dos 400 deputados na legislatura. O AD ficou em segundo lugar, com 87 cadeiras.
Ramaphosa tem pela frente o desafio de montar um governo que enfrente os problemas da economia, com o desemprego em um nível nunca visto antes, e resolva questões relacionadas à segurança pública.
A África do Sul, que faz parte do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) de potências emergentes, também enfrenta frequentes cortes de energia devido à deterioração da infraestrutura energética do país.
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