Os serviços de segurança noruegueses anunciaram, nesta terça-feira (2), a detenção de um cidadão norueguês suspeito de tentativa de "espionagem agravada" para a China.
O homem, cuja identidade não foi revelada, foi detido na manhã de segunda-feira no aeroporto internacional de Oslo, quando voltava de uma viagem à China, anunciou Thomas Blom, funcionário do serviço de inteligência interna (PST) encarregado da contraespionagem.
O indivíduo negou as acusações.
"Ele nega as acusações contra ele, declara-se inocente e explica que não é um agente da China", disse à AFP o seu advogado Marius Dietrichson.
O advogado afirmou que não poderia dar mais detalhes no momento, por questões de confidencialidade.
Um tribunal de Oslo decretou nesta terça-feira uma prisão provisória de quatro semanas para o suspeito, as duas primeiras em isolamento, com a proibição de se comunicar com o exterior.
O PST também não deu detalhes sobre as supostas informações que o indivíduo teria tentado comunicar à China.
"Estamos em uma fase preliminar e extremamente sensível", declarou Blom em uma coletiva de imprensa em frente ao tribunal de Oslo.
A embaixada chinesa na Noruega não fez comentários até o momento.
Os serviços de inteligência noruegueses citaram a China e a Rússia no seu relatório anual de avaliação de riscos no país como as duas principais ameaças de espionagem.
"Acreditamos que a ameaça [relacionada à China] aumentará nos próximos anos", escreveu o PST.
"Isto deve-se, em particular, à deterioração das relações entre a China e o Ocidente, ao desejo da China de um maior controle das cadeias de abastecimento e ao seu posicionamento no Ártico", uma região onde a China quer desempenhar um papel cada vez maior, explicou.
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