A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovskaya, anunciou nesta quarta-feira (3) que as autoridades do país aliado da Rússia libertaram vários presos políticos.
"Hoje, testemunhamos os primeiros casos de libertação de presos políticos em Belarus", escreveu Tikhanovskaya na rede social X, sem revelar o número ou os nomes dos detentos.
A ONG de defesa dos direitos humanos Viasna calcula que mais de 1.400 pessoas foram detidas em Belarus por sua oposição ao regime do presidente Alexander Lukashenko, que está há 30 anos no poder.
Tikhanovskaya afirmou que o grupo inclui 200 presos políticos "em estado de saúde crítico", com suas vidas "correndo grande perigo" na prisão. "Ao menos seis deles morreram atrás das grades", disse.
O marido da opositora, Sergei Tikhanovsky, cumpre uma pena de mais de 18 anos de prisão por suas críticas a Lukashenko. Em março, Tikhanovskaya disse que não tinha notícias dele há mais de um ano.
O presidente Lukashenko afirmou na terça-feira que alguns opositores poderiam ser libertados em breve. "Devemos agir de maneira humana, não se surpreendam se pessoas gravemente doentes forem libertadas dentro de alguns dias", afirmou, segundo a imprensa local.
A televisão estatal ATN informou que Lukashenko assinou uma lei de anistia para quase 8 mil detentos por ocasião do Dia da Independência, que é celebrado nesta quarta-feira.
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