Desafiando as expectativas sobre a idade no futebol, os trintões da Copa América-2024 continuam sendo pilares em suas seleções. James Rodríguez, Lionel Messi e Salomón Rondón são três exemplos de que a maturidade futebolística provou ser tão vital quanto o talento juvenil. 

Às vésperas das quartas de final, James (32 anos), Messi (37) e Rondón (34) mostraram na fase de grupos que a experiência acumulada, além do talento inato e da reserva física, pode ser tão valiosa quanto a juventude no futebol moderno.

Esses três trintões são um exemplo na Copa América dos Estados Unidos-2024 porque continuam superando as expectativas que são depositadas neles, inspirando companheiros e rivais, e também redefiniram o que significa ser um líder em campo e no vestiário.

- James e seu recado para o São Paulo -

Em sua função de líder, capitão e cérebro da seleção colombiana, James Rodríguez (que fará 33 anos no dia 12 de julho) mostrou mais uma vez porque é considerado o meio-campista colombiano mais talentoso de sua geração. 

"Conheço o James desde que ele era um menino, sempre soube que a sua utilidade e o que dependia do seu desempenho na seleção nacional era o seu compromisso. Agora ele corre menos e pensa mais, isso também o ajuda. Ele tem uma equipe que o cerca bem e dá alternativas ao seu jogo", analisou o técnico da Colômbia, o argentino Néstor Lorenzo.

Artilheiro da Copa do Mundo do Brasil-2014, James encontra na seleção colombiana seu 'habitat natural', ao contrário da realidade que vive em São Paulo, onde teve poucos minutos até o momento nesta temporada.

"Ele é um grande jogador de nível internacional e por isso foi para o São Paulo. Ele ainda é jogador do São Paulo. Depois da Copa América temos que conversar", disse o presidente do clube, Julio Cáceres, após a atuação de James contra o Brasil, na terça-feira, em Santa Clara (Califórnia), no encerramento do Grupo D.

O camisa 10 enfrentará o Panamá no sábado, no deserto de Glendale (Arizona), por uma vaga nas semifinais do torneio.

- A magia intacta de Messi -

Não é à toa que Lionel Messi, aos 37 anos, continua sendo a maior preocupação dos adversários que enfrentam a Argentina.

Ausente contra o Peru no encerramento do Grupo A devido a uma lesão no músculo adutor da coxa direita, o capitão da 'Albiceleste' deverá voltar à equipe de Lionel Scaloni para o confronto das quartas de final contra o Equador, nesta quinta-feira, em Houston (Texas).

Sua atuação na Copa do Catar-2022, onde liderou a 'Albiceleste' na conquista do tricampeonato mundial, e sua rápida adaptação à MLS para comandar o Inter Miami, são provas de que Messi é um dos jogadores mais decisivos do cenário mundial, apesar da idade avançada.

Messi deu pequenas amostras contra Canadá e Chile da sua magia incalculável, que continua intacta, assim como a sua capacidade de liderança, porque se existe algo que seus companheiros respeitam é a sua capitania e ambição permanente.

"Ele nos inspira, é nosso capitão e se ele corre e luta por cada bola, como não correr e lutar por ele com 200 e 300% de nossas forças?", diz Rodrigo De Paul, um dos 'pulmões' que auxiliam Messi.

- A bravura de Rondón -

Salomón Rondón, de 34 anos, é a referência ofensiva da 'Vinotinto' na Copa América, como tem sido desde que estreou na seleção principal, em fevereiro de 2008, com apenas 17 anos. 

"Todas as vezes que esteve conosco deu 120%. Salomón é um profissional do mais alto nível. Não me surpreende o nível dele nem o que ele dá pela equipe", afirma o técnico da seleção venezuelana, o argentino Fernando Batista. 

Maior artilheiro da história da 'Vinotinto' com 43 gols, 'El Gladiador' Rondón desembarcou na Copa América de 2024 após um semestre magnífico no mexicano Pachuca, ao qual chegou após um 2023 irregular no argentino River Plate.

Rondón marcou dois gols na Copa América dos Estados Unidos-2024 e quer fazer do Canadá, na sexta-feira, nas quartas de final em Arlington (Texas), sua próxima vítima.

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