O Camboja celebrou, nesta quinta-feira (4), com flores e bênçãos de monges budistas a devolução ao país de 14 obras de arte Khmer devolvidas pelo Metropolitan Museum of Art (Met) de Nova York.
“A devolução dos nossos tesouros nacionais, na posse do Met, é de extrema importância, não só para o Camboja, mas para toda a humanidade”, disse a ministra da Cultura, Phoeurng Sackona, em um comunicado.
“Ainda temos muitos tesouros no Met, que esperamos que sejam devolvidos ao Camboja”, acrescentou.
Entre as obras expostas no museu nacional de Phnom Penh nesta quinta-feira (4) estavam uma escultura em pedra de uma deusa, datada do século X, e uma figura de bronze de um famoso Buda, estimada entre os séculos X e XII e considerada extremamente rara.
O Met, um dos maiores e mais prestigiados museus do mundo, anunciou em dezembro que iria devolver estas antiguidades, a pedido da justiça e da polícia americana, que lutam há anos contra o tráfico internacional de obras de arte, das quais Nova York é um centro fervoroso.
A promotoria nacional nova-iorquina já havia devolvido 30 obras Khmer em agosto de 2022.
As peças devolvidas estão ligadas ao colecionador de arte e negociante britânico Douglas Latchford, acusado em Nova York, em 2019, de dirigir uma ampla rede de tráfico de antiguidades do Sudeste Asiático. Latchford morreu em Bangcoc em 2020, antes de ser julgado.
Segundo a Justiça americana, milhares de estátuas, esculturas e linteis Khmer foram traficados internacionalmente durante décadas, do Camboja para antiquários em Bangcoc, capital da vizinha Tailândia, antes de serem exportados ilegalmente para colecionadores, empresários e museus na Ásia, Europa e Estados Unidos.
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