Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (5), que suspenderam "de maneira indefinida" as manobras militares com a Geórgia previstas para o final de junho, em plena revisão de sua relação com esse país do Cáucaso que está se aproximando da Rússia. 

As manobras deveriam ser realizadas de 25 de julho a 6 de agosto, mas foram "adiadas indefinidamente", anunciou o Pentágono em um comunicado, depois de a Geórgia ter adotado uma lei sobre "influência estrangeira". 

Os Estados Unidos ordenaram em maio revisar toda sua cooperação com a Geórgia e anunciaram sanções contra dezenas de funcionários por causa dessa lei. 

A decisão de adiar essas manobras se deve às "falsas acusações" de que Washington pressionava Tiblissi para que declarasse guerra à Rússia e participasse de supostas tentativas de golpe de Estado contra o partido governante, destacou o comunicado do Pentágono.

Por isso, Washington considera que "não é o momento adequado para celebrar um exercício militar em grande escala na Geórgia", acrescentou. 

Em 3 de junho, as autoridades georgianas promulgaram uma lei sobre a "influência estrangeira", inspirada em uma normativa russa, que provocou manifestações multitudinárias em Tiblissi e críticas dos países ocidentais. 

Antiga república soviética, a Geórgia é candidata oficial a entrar na União Europeia desde dezembro de 2023 e também quer fazer parte da aliança militar atlântica Otan. 

Na semana passada, os líderes da União Europeia (UE) decidiram paralisar de fato o fato o processo de adesão à espera de que Tiblissi mude de política. 

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