A Bolsa de Nova York fechou com resultados mistos nesta segunda-feira (8), aproveitando o impulso dos últimos dias e aparentemente confiante nos indicadores econômicos dos Estados Unidos que serão divulgados no final da semana.

Os índices Nasdaq, voltado para tecnologia, e o ampliado S&P 500 subiram 0,28% e 0,10%, respectivamente, estabelecendo novos recordes de fechamento em 18.403,74 e 5.572,85 pontos, enquanto o industrial Dow Jones fechou praticamente estável, em leve baixa de 0,08%, para 39.344,79.

Este é o 35º recorde do ano para o S&P 500 e o 25º para o Nasdaq. A melhor série de recordes no histórico do índice ampliado para um ano natural remonta a 1995, com 77 máximos.

"É o primeiro dia de recuperação após o fim de semana prolongado", marcado pelo feriado americano de 4 de julho, disse Kim Forrest, da Bokeh Capital Partners. "O mercado costuma retomar o ânimo que tinha antes da pausa. E foi positivo, especialmente para os valores de tecnologia", acrescentou.

Os fabricantes de semicondutores retomaram sua trajetória de alta, liderados por Nvidia (+1,88%), Broadcom (+2,50%), AMD (+3,95%), Qualcomm (+1,04%) e Intel (+6,15%).

A empresa taiwanesa TSMC (+1,43%), listada em Nova York, até ultrapassou brevemente, pela primeira vez, a marca simbólica de um trilhão de dólares (R$ 5,47 trilhões) de capitalização de mercado.

"O mercado está focado em cinco valores tecnológicos", destacou Forrest, observando que a TSMC será a primeira do setor a divulgar seus resultados em 18 de julho. "Isso nos dará uma primeira visão sobre a trajetória da inteligência artificial" e dos investimentos feitos nessa tecnologia.

O rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos com vencimento em 10 anos permaneceu estável em 4,27% nesta segunda-feira.

No mercado de ações, a Boeing teve suporte (+0,55%) após um acordo com o Departamento de Justiça, no qual se declarou culpada de "conspiração para fraudar os Estados Unidos" durante a certificação dos aviões modelo MAX, que protagonizaram dois acidentes fatais em 2018 e 2019.

Mas o ímpeto diminuiu após o anúncio do regulador de aviação civil do país (FAA), que pediu a inspeção imediata do sistema de máscaras de oxigênio de mais de 2.600 aviões Boeing 737 em operação nos Estados Unidos.

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