Os principais índices da bolsa de Nova York fecharam nesta terça-feira (9) em direções opostas, e embora o mercado tenha mostrado sinais de enfraquecimento, o índice tecnológico Nasdaq registrou seu sexto recorde consecutivo.

Após o fechamento, o Nasdaq subiu 0,14% para 18.429,29 pontos, enquanto o índice ampliado S&P 500 ganhou marginalmente 0,07%, alcançando outro máximo em 5.576,98 unidades. Por outro lado, o índice industrial Dow Jones perdeu 0,13%, fechando a 39.291,97 pontos.

"O mercado se esticou tanto com essa série de máximos históricos que ficou sem fôlego", disse Tom Cahill, da Ventura Wealth Management.

Como tem sido habitual nos últimos meses, o Nasdaq foi impulsionado por várias empresas de tecnologia, lideradas pelo gigante dos microprocessadores Nvidia (+2,48%), seguido por Intel (+1,77%) e Micron (+0,34%).

Além das tecnológicas, o S&P 500 foi impulsionado por uma série de instituições financeiras, especialmente pelos bancos Citigroup (+2,80%), JPMorgan Chase (+1,20%) e Wells Fargo (+1,47%), que divulgarão seus resultados trimestrais na sexta-feira.

No cenário macroeconômico, os operadores estão aguardando o índice de preços ao consumidor (IPC) de quinta-feira, que fornecerá informações sobre a evolução da inflação.

"O mercado já absorveu tantas boas notícias que qualquer elemento negativo nos fronts macro ou microeconômico pode fazer com que retroceda mais do que o esperado, porque subiu muito e muito rápido", alertou Cahill.

Em uma audiência perante uma comissão do Senado dos Estados Unidos nesta terça-feira, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, indicou que a entidade estava agora mais atenta ao enfraquecimento do mercado de trabalho.

"Estamos cientes de que os riscos agora estão dos dois lados", ou seja, um aumento da inflação, mas também um colapso no emprego, reconheceu Powell.

No mercado de renda fixa, o rendimento dos títulos do governo dos EUA a dez anos subiu para 4,29%, ante 4,27% no fechamento anterior.

No mercado de ações, a Eli Lilly atingiu um novo recorde histórico (+1,58%), impulsionada por um estudo publicado na segunda-feira que mostrou que seu tratamento para obesidade, Mounjaro, resultou em maior perda de peso do que o medicamento líder de mercado, Ozempic, da dinamarquesa Novo Nordisk.

A Tesla (+3,71%) subiu pela décima sessão consecutiva, com os investidores apostando nos benefícios para a ação do lançamento, em 8 de agosto, do "robotáxi" da fabricante de automóveis.

A Boeing (-1,40%) entregou 44 aviões em junho, mais do que em cada um dos cinco primeiros meses do ano, mas os investidores observaram principalmente que o número de entregas para clientes diminuiu mais de 30% em relação ao ano anterior no segundo trimestre.

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