Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira (9) após a passagem do furacão Beryl, que causou menos danos do que se temia nas instalações petrolíferas dos Estados Unidos, e após os comentários ainda bastante cautelosos do presidente do Fed sobre a trajetória das taxas de juros.

O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro baixou 1,27%, para 84,66 dólares. Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate (WTI) para agosto, perdeu 1,11%, chegando a 81,41 dólares.

Depois de atravessar o Caribe, o furacão Beryl atingiu o Texas na segunda-feira, levando fortes chuvas que causaram inundações e cortes de eletricidade em larga escala, e resultaram na morte de pelo menos cinco pessoas no sul dos Estados Unidos.

O fenômeno provocou "menos danos do que o previsto nas infraestruturas afetadas, e os temores de um impacto no fornecimento de petróleo se dissiparam", comentou Ricardo Evangelista, analista da ActivTrades.

Por fim, Beryl deve ter "pouco ou nenhum impacto nos mercados petrolíferos americanos", resumiu Matt Britzman, da Hargreaves Lansdown.

Os investidores também prestaram muita atenção às declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, perante o Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira.

Powell apontou avanços "modestos" em relação à inflação, mas sobretudo reiterou que esperava "mais dados positivos" na direção certa antes de considerar um corte nas taxas de juros, o que seria benéfico para a demanda.

Phil Flynn, da Price Futures Group, se mostrou mais otimista sobre a evolução dos preços, baseando-se na última publicação, nesta terça, da Agência de Informação sobre Energia (EIA).

A agência americana elevou sua estimativa de demanda global por petróleo, assim como sua avaliação do preço do barril para o segundo semestre do ano, fixando-o em 89 dólares, no lugar da média de 84 dólares do primeiro semestre.

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