O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu aos líderes dos países da Otan nesta quinta-feira (11) que eliminem "todas as restrições" aos ataques de Kiev em território russo com armas ocidentais, em paralelo à cúpula da aliança militar que acontece em Washington.

"Se quisermos vencer, se quisermos prevalecer, se quisermos salvar nosso país e defendê-lo, devemos eliminar todas as restrições", declarou Zelensky em entrevista coletiva.

Diversos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) impõem restrições ao uso das armas que fornecem à Ucrânia.

Alguns deles, como a Itália, proíbem seu uso em território russo, enquanto outros, como os Estados Unidos, o restringem a ataques contra alvos militares legítimos dentro de uma zona limitada dentro da Rússia.

A Ucrânia reivindica há bastante tempo permissão para utilizar os mísseis de longo alcance fornecidos pelo Ocidente para atacar alvos russos sem limitações.

Moscou lança regularmente ataques de bases situadas em áreas muito distantes da Ucrânia, que tenta atingi-las com drones.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, reiterou que a Ucrânia tem o direito de se defender, inclusive atacando alvos militares em solo russo, sobretudo quando a linha de frente está muito próxima da fronteira, como é o caso da província de Kharkiv, onde Moscou lançou uma ofensiva em maio.

O presidente ucraniano também assinalou que espera que seu país faça parte da Otan um dia, depois que a aliança militar reconheceu em uma declaração que seu caminho para a adesão é "irreversível".

"Estamos fazendo e vamos continuar fazendo tudo o que for possível para garantir que chegue o dia em que a Ucrânia seja convidada e se torne um membro da Otan, e confio que vamos consegui-lo", declarou.

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