O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (14/7) uma revisão independente dos aspectos de segurança no comício de sábado (13/7) em que Donald Trump foi alvo de um atentado a tiros.
De acordo com o presidente - adversário de Trump nas eleições presidenciais deste ano-, a apuração será necessária para "determinar exatamente o que ocorreu" e as suas conclusões serão compartilhadas com o público americano.
Em declarações na Casa Branca, Biden também afirmou que determinou ao Serviço Secreto dos EUA uma revisão das medidas de segurança previstas para a Convenção Nacional do Partido Republicano, que começa nesta segunda (15/7) na cidade de Milwaukee (estado de Wisconsin).
"Eu tenho sido consistente nas minhas orientações ao Serviço Secreto para dar a ele [Trump] todos os recursos, capacidades e medidas de proteção necessárias para garantir a continuidade da sua segurança", declarou Biden.
As medidas listadas por Biden ocorrem num momento em que o Serviço Secreto enfrenta questionamentos por falhas na segurança que permitiram que os disparos contra Trump fossem efetuados.
O Serviço Secreto era responsável pela avaliação prévia de segurança, organização do esquema e supervisão da área, coordenando outras agências, como as polícias estadual e local.
Durante comício na Pensilvânia, um atirador disparou contra Trump, que foi ferido na orelha. Ele foi evacuado do palco por agentes de segurança, mas antes de deixar o local ergueu o punho e gritou a seus apoiadores: "lutem, lutem".
O ex-presidente dos EUA passa bem.
O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, foi morto no local. Um participante do comício, de 50 anos, também morreu, enquanto outras duas pessoas ficaram gravemente feridas.
De acordo com a agência Reuters, a campanha de reeleição de Biden rapidamente mudou sua estratégia após a tentativa de assassinato contra Trump. Críticas e ataques contra o republicano foram rapidamente substituídos por uma mensagem de união.
A campanha do partido Democrata suspendeu propagandas na TV e outras comunicações, inclusive as que ressaltavam a condenação criminal de Trump em maio, num caso sobre pagamentos à atriz pornô Stormy Daniels.
Neste domingo, Biden disse que os americanos precisam "se unir como uma nação". Ele novamente condenou a violência política e pediu ao público que evitasse especular sobre os motivos do atirador e deixasse o FBI fazer o seu trabalho de investigação.
O presidente americano disse ainda que faria um novo pronunciamento neste domingo.
"Não há lugar na América para esse tipo de violência, ou para qualquer tipo de violência. Uma tentativa de assassinato é contrária a tudo o que acreditamos enquanto nação --tudo", disse Biden.