O governo paquistanês pedirá a proibição do partido político do ex-primeiro-ministro preso Imran Khan, anunciou o ministro da Informação nesta segunda-feira (15), após uma série de decisões judiciais favoráeis ao antigo dirigente.
"O governo decidiu apresentar uma solicitação para proibir o PTI [sigla de Paquistão Tehreek-e-Insaf]", declarou Attaullah Tarar em Islamabad, apontando que o caso será apresentado à Suprema Corte.
"Acreditamos que há provas críveis da necessidade de proibir o PTI", acrescentou, em referência às acusações que pesam sobre Khan, como a divulgação de documentos confidenciais ou a incitação de distúrbios.
Imran Khan, que foi primeiro-ministro entre 2018 e 2022, se viu envolvido em mais de 200 casos judiciais desde que deixou o cargo após uma moção de censura.
O ex-primeiro-ministro está na prisão desde agosto de 2023 e, segundo ele, se trata de uma campanha elaborada para impedi-lo de voltar ao poder.
Ele não pôde participar das eleições de 8 de fevereiro, marcadas por graves acusações de fraude e que deram a vitória a uma aliança de partidos considerados próximos aos militares.
No sábado, a Justiça o absolveu de uma condenação a sete anos de prisão por casamento ilegal segundo a lei islâmica.
Ao mesmo tempo, a Suprema Corte concedeu ao PTI mais assentos no Parlamento na sexta-feira, depois que os membros do partido se viram obrigados a se candidatar como independentes nas últimas eleições.
Em abril, um tribunal superior paquistanês suspendeu a condenação de prisão imposta a Khan por corrupção.
E, no início de junho, o político também foi absolvido de uma acusação de traição pelo qual havia sido condenado a 10 anos de prisão em primeira instância.
O PTI "não tolerará" os esforços do governo para proibi-lo, declarou à AFP Raoof Hasan, um porta-voz do partido.
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