Cinco pessoas morreram e sete ficaram feridas, todas aparentemente estrangeiras, durante um tiroteio nesta terça-feira (16) em uma festa nos arredores de Santiago, informaram as autoridades chilenas.

Os disparos ocorreram no meio de "um desentendimento", afirmou o coronel Gabriel Villanueva, dos Carabineiros (polícia militarizada), sem oferecer mais detalhes sobre as circunstâncias do assassinato múltiplo.

Quatro homens e uma mulher morreram no local, enquanto sete pessoas ficaram feridas, de acordo com o relatório oficial.

As vítimas participavam de uma festa na comunidade de Lampa, em uma zona rural da capital chilena. A maioria dos presentes eram estrangeiros, segundo os Carabineiros, que não especificaram as nacionalidades.

"O que sabemos é que havia um grupo de pessoas em uma festa e que, por motivos desconhecidos, começou este tiroteio", acrescentou o promotor Ernesto González.

Embora as investigações estejam em andamento, o presidente chileno, Gabriel Boric, relacionou o incidente ao crime organizado.

"Este fato é gravíssimo e causa grande consternação. Quero deixar bem claro que, do Estado do Chile, não vamos permitir que o crime organizado vença a batalha", disse o presidente à imprensa.

No fim de semana, o Chile passou por uma onda incomum de assassinatos. Dez pessoas, incluindo quatro menores, morreram em vários pontos do país.

Embora ainda seja um dos países menos perigosos da América Latina, a insegurança é a principal preocupação dos chilenos, de acordo com pesquisas de opinião.

Nos últimos anos, os crimes violentos aumentaram pelas mãos de gangues como o Trem de Aragua, de origem venezuelana, cujas ações - principalmente assassinatos e extorsões - se espalharam por vários países da região.

Entre 2014 e 2023, os homicídios aumentaram em 60% no Chile, as agressões sexuais em 46% e os roubos com violência em 11%, segundo dados da Subsecretaria de Prevenção do Crime.

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