Nesta sexta-feira (19/7), um apagão cibernético afeta diversos serviços em todo o mundo. Isso porque a empresa de segurança digital, Crowdstrike, apresentou problemas na atualização, o que causou um movimento em cadeia de instabilidades no software da Microsoft, da Windows. O erro provocou instabilidades em serviços de telecomunicação, aviação, hospitalares e de bancos em todo o mundo, inclusive no Brasil.
No entanto, esta não é a primeira vez que um apagão global afeta os serviços. Nas últimas décadas, três apagões tecnológicos tiveram alcance global, causando impactos na vida cotidiana das pessoas. Antes do atual, o último foi há apenas um ano.
Em dezembro de 2008 aconteceu o primeiro apagão com impacto em várias regiões do mundo. Na situação, conhecida como "Apagão da Internet", um corte de três cabos submarinos sob o Mar Mediterrâneo prejudicou serviços de telefonia internacional.
De acordo com a Folha de S.Paulo, o incidente causou impedimentos nas telecomunicações da Zambia à Índia e Taiwan. No Egito, foi reduzida em cerca de 80% a capacidade do tráfego na internet, enquanto usuários do Paquistão reportaram que o acesso à internet era quase inexistente.
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Já em outubro de 2016, um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS) foi responsável pela derrubada, em grande escala, de plataformas de compra como a Amazon e pagamento on-line PayPal. As plataformas da Amazon, Netflix, Twitter, e as de canais de comunicação como CNN, The Guardian e People.
De acordo com a empresa Dyn, que administra o tráfego virtual, a situação foi causada por um ataque cibernético, e impediu que os usuários fossem impossibilitados de acessar os sites durante duas horas. No entanto, três horas depois da reconexão, os usuários voltaram a perceber instabilidades, que foram resolvidas horas depois.
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Mais recentemente, em junho de 2023, aconteceu o outra instabilidade envolvendo a Microsoft. Todos os aplicativos vinculados à empresa, como os do Pacote Office, incluindo o Teams e o Outlook, apresentavam lentidão ou inacessibilidade para os usuários.
No X (à época Twitter), o grupo americano justificou que a falha foi causada por "problemas na configuração de rede". Durante horas, a instabilidade afetou corporações de todo o globo, principalmente as que dependiam exclusivamente dos meios da Microsoft para comunicação interna.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais