Belarus e Alemanha realizam negociações sobre o cidadão alemão condenado à morte por um tribunal bielorrusso, acusado de "terrorismo" e de ser mercenário, disse neste sábado (20) um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Belarus. 

"Belarus propôs soluções concretas, baseadas nas possibilidades atuais para que a situação evolua", declarou o porta-voz diplomático de Minsk, Anatoli Glaz, na rede X. 

"Há consultas em andamento sobre esta questão" entre os diplomatas dos dois países, acrescentou, sem dar detalhes sobre estas possíveis soluções, como uma troca de prisioneiros, ou sobre os fatos atribuídos aos acusados. 

Até agora, Belarus, um regime autoritário aliado de Moscou, manteve este caso em segredo. 

Na sexta-feira, a ONG bielorrussa Viasna, especializada no monitoramento de repressões políticas, anunciou ter recebido a confirmação de que Rico Krieger havia sido condenado à morte em 24 de junho por um tribunal de Minsk. 

Segundo esta fonte, Krieger é um médico militar de 30 anos.

Viasna afirma que o alemão, detido em Belarus em novembro de 2023, é acusado de "ato de terrorismo", de ser mercenário e de "criar uma organização extremista". 

Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores alemão disse à AFP que Berlim estava "ciente do caso" e que a embaixada alemã em Minsk fornece a Krieger os "serviços consulares apropriados". 

"A pena de morte é uma forma de castigo cruel e desumano que a Alemanha rejeita em todas as circunstâncias", denunciou esta fonte. 

Belarus é o mais recente país da Europa a aplicar a pena capital.

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