Apesar do revés nas recentes eleições legislativas francesas, o bloco do presidente Emmanuel Macron manteve neste sábado (20) o controle de seis das oito comissões da Assembleia Nacional, o que lhe confere um peso significativo para o resto da legislatura.
As eleições legislativas de dois turnos, em 30 de junho e 7 de julho, deixaram uma câmara fragmentada, na qual a aliança esquerdista Nova Frente Popular (NFP) ficou em primeiro lugar com 193 deputados, mas longe da maioria absoluta de 289 assentos.
A aliança de centro-direita de Macron, que perdeu a maioria relativa na Câmara Baixa do Parlamento, tem 164 assentos e o partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) tem 143.
Quase duas semanas após as eleições legislativas, o cenário político francês permanece incerto e a França é liderada por um governo provisório.
A Comissão de Finanças da Assembleia Nacional permanecerá nas mãos de Eric Coquerel, deputado do partido A França Insubmissa (LFI, esquerda radical), que faz parte da coalizão NFP juntamente com socialistas, comunistas e verdes.
A presidência desta importante comissão está reservada desde 2007 a um deputado da oposição, razão pela qual Coquerel prometeu que renunciará se Macron nomear um primeiro-ministro do NFP.
A coalizão de esquerda reivindica o cargo de chefe de governo, mas ainda não conseguiu chegar a um acordo sobre um possível candidato.
O RN, que aspirava a vencer as eleições legislativas, não obteve a presidência de nenhuma comissão da Assembleia Nacional, onde as alianças estão na ordem do dia, mas ninguém quis estabelecer nenhuma com os ultradireitistas.
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