As cotações do petróleo voltaram a fechar em alta nesta quarta-feira (24), após quatro sessões consecutivas de queda, impulsionadas por uma nova redução das reservas de petróleo nos Estados Unidos e pelos incêndios que afetam o oeste do Canadá.

O barril Brent do Mar do Norte, negociado em Londres para entrega em setembro, subiu 0,86%, fechando a 81,71 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), referência no mercado americano e com vencimento para o mesmo mês, avançou 0,81%, para 77,59 dólares.

Os incêndios no Canadá afetam atualmente a província de Alberta, que representa mais de 80% da produção de petróleo do país. O fogo se concentra sobretudo no norte do estado, particularmente na região de Fort McMurray, que abriga o maior complexo de areias betuminosas do Canadá.

A petroleira canadense Imperial Oil reduziu suas equipes 'in situ' e advertiu aos funcionários que permanecem no local que uma retirada rápida pode ser necessária, segundo o jornal Globe and Mail, de Toronto.

No domingo, sua concorrente MEG Energy anunciou que já havia reduzido o pessoal em sua jazida de Christina Lake, mais ao sul, mas sem diminuir a produção.

"Estamos falando de muitos milhões de barris diários", disse Robert Yawger, do grupo financeiro Mizuho.

O petróleo também foi impulsionado pelo relatório da Agência de Informação sobre Energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês), segundo o qual as reservas comerciais do hidrocarboneto voltaram a cair significativamente na semana passada, em 3,7 milhões de barris.

Trata-se da quarta contração consecutiva dessas reservas, que perderam mais de 24 milhões de barris desde o fim de junho.

"É um relatório muito positivo" para os preços, assinalou Robert Yawger, que mencionou também o aumento de 8,2% das entregas de produtos refinados ao mercado americano, considerado um indicador implícito da demanda.

Os volumes de gasolina subiram 7,6%, ao seu nível mais alto em oito meses.

"O melhor possível para este mercado é que haja uma demanda firme de gasolina, porque, enquanto se precisa de combustível, é necessário petróleo para produzi-lo", insistiu Yawger. "Contudo, toda a ideia" de uma demanda sustentável "pode evaporar amanhã", advertiu.

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