O presidente Vladimir Putin prometeu, nesta quinta-feira (25), reprimir duramente qualquer um que tente dividir a sociedade russa, em pleno recrudescimento da repressão dos críticos do Kremlin desde o início da operação militar contra a Ucrânia em fevereiro de 2022. 

"Os que tentam intimidar as pessoas, dividir a nossa sociedade, instrumentalizar os sentimentos religiosos e nacionais, não conseguiram isso nunca", disse o mandatário russo em um vídeo divulgado na noite de quarta pelo Kremlin. 

"Uma punição inevitável e justa é o que os espera", acrescentou. 

Putin fez esses comentários em ocasião da festa profissional na Rússia, em 25 de julho, dedicada aos investigadores do Ministério do Interior, do Comitê de Investigação e do Serviço de Segurança (FSB). São esses serviços os que gerem a maioria dos casos criminais relacionados à oposição, aos defensores de direitos humanos e às pessoas anônimas opositoras ao poder russo. 

"No marco da operação militar especial [na Ucrânia], os serviços de investigação cumprem missões específicas, adicionais e muito importantes, e atuam especialmente de forma eficaz nos territórios libertados", acrescentou Putin, em alusão às áreas da Ucrânia ocupadas por Moscou. 

Kiev e seus aliados ocidentais acusam a Rússia de realizar uma severa repressão nas regiões ocupadas na Ucrânia, mediante prisões arbitrárias, tortura e execuções extrajudiciais de prisioneiros de guerra. Moscou nega tais acusações. 

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