O Fórum das Famílias de Reféns, uma associação israelense que representa familiares de pessoas mantidas em cativeiro em Gaza, acusou nesta quinta-feira (25) o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de “sabotar” os esforços pela libertação de seus entes queridos.

"Esta inação é uma sabotagem deliberada (às negociações) para trazer nossos familiares de volta. Isto coloca em perigo as negociações e mostra um grave fracasso moral", afirmou o Fórum em um comunicado, referindo-se às negociações indiretas entre Israel e Hamas.

As discussões para um cessar-fogo associado à libertação de reféns, programadas para quinta-feira no Catar e envolvendo Israel, foram adiadas para a próxima semana, segundo uma fonte próxima às negociações, que não explicou as razões do adiamento.

Das 251 pessoas sequestradas durante o ataque do Hamas em 7 de outubro em Israel, 111 ainda estão em cativeiro em Gaza, das quais 39 teriam morrido, de acordo com o Exército israelense.

"Os responsáveis pela segurança têm a responsabilidade pessoal e direta pelo retorno dos reféns. É dever deles respeitar o imperativo moral supremo de Israel e explicar à população israelense o que está impedindo um acordo e por quê", acrescentou o comunicado.

Durante o discurso proferido na quarta-feira à noite no Congresso dos Estados Unidos, Benjamin Netanyahu ouviu apelos das famílias de reféns em Washington e Tel Aviv para que anunciasse um acordo pela libertação de seus entes queridos.

Catar, Egito e Estados Unidos têm realizado esforços discretos nos últimos meses para negociar um cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas, associado a uma troca de reféns israelenses em Gaza por prisioneiros palestinos.

Netanyahu está em visita aos Estados Unidos, onde se encontrará com o presidente americano, Joe Biden, nesta quinta-feira.

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