A espanhola Granada Romero Ruiz, de 86 anos, morreu após uma picada de um mosquito. Ela passou nove dias em um hospital por ter contraído o vírus “paralisante” do Nilo Ocidental. Segundo o filho da idosa, Antonio Pineda, a mãe tinha a saúde perfeita antes de ser picada. Em 2016, o marido de Granada morreu com o mesmo vírus.
Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), há novos surtos do vírus em regiões da Grécia e da Itália, causadas pelas mudanças climáticas. A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral aguda, como a dengue, zika, chikungunya e a febre amarela. A doença pode ser sintomática ou não.
Os fatores de risco estão relacionados à presença do ser humano em áreas rurais e silvestres que contenham o mosquito infectado e que, por ventura, venha a picar estes seres humanos. O mosquito tigre asiático, que transmite o vírus, foi detectado no Reino Unido pela primeira vez em 2016. Assim como o Aedes aegypti, ele tem listras pretas e brancas pelo corpo.
Os públicos mais suscetíveis à doença são profissionais de saúde, pessoas com mais de 50 anos ou que tenha doenças como diabetes, pressão alta ou câncer, já que possuem maiores chances de contraírem a doença.
Os sintomas são semelhantes aos da gripe e incluem febre, dores no corpo e dor de cabeça, além de erupção na pele e sensação de mal-estar. Em casos mais sérios, os pacientes podem apresentar fraqueza muscular, confusão, perda de visão, dormência, rigidez no pescoço, diarreia e convulsões.
O tratamento envolve repouso, hidratação e analgésicos de venda livre. Os casos graves devem ser tratados em hospitais, já que podem evoluir para meningite, que é a inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, e encefalite (inflamação do cérebro).