Várias organizações ambientais recorreram à justiça nesta quinta-feira (25) para reverter a decisão da governadora do estado de Nova York de suspender a implementação de um pedágio urbano em Manhattan.
A cidade planejava impor uma tarifa de 15 dólares (R$ 84,5) aos veículos que entrassem na parte mais movimentada de Manhattan a partir de 30 de junho, com o objetivo de reduzir o trânsito, melhorar a qualidade do ar e obter recursos para renovar o antigo sistema de metrô da metrópole.
No entanto, diante dos protestos de estados vizinhos como Nova Jersey e das críticas de que a cobrança afetaria desproporcionalmente o comércio e os motoristas de menor poder aquisitivo, a governadora Kathy Hochul decidiu suspendê-la indefinidamente em 5 de junho.
Os autores alegam que a governadora não tem "nenhum papel na decisão" sobre a implementação do Programa de Tarifação da Congestão, como é oficialmente chamado o pedágio, e que a lei também não prevê uma "pausa indefinida" à escolha da governadora.
Além disso, alegam que a decisão de Hochul viola os direitos dos novaiorquinos a "um ar e água limpos e a um ambiente saudável".
A companhia que gerencia o metrô de Nova York, MTA, previa arrecadar anualmente com a tarifa cerca de 1 bilhão de dólares (R$ 5,64 bilhões), que seriam usados para renovar as estações de metrô, melhorar a sinalização e financiar novos projetos de expansão.
No texto, os demandantes lembram que o parlamento do estado foi quem criou uma lei para a introdução da tarifa, que foi assinada pelo antecessor da governadora, Andrew Cuomo, em 2019, após décadas de debate público.
Este era o último esforço das autoridades locais, que desde 1970 consideram a imposição de tarifas aos veículos que entram em Manhattan para reduzir o trânsito e melhorar a qualidade do ar.
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