Milhares de pessoas esperam impacientes em longas filas, nesta sexta-feira (26), para assistir à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a primeira realizada fora de um estádio, sob um céu cinzento e apesar do risco de chuva.
"Tivemos sorte, fomos os primeiros a chegar", disse à AFP Sébastien Nivault, um francês de 53 anos. Ele começou a fazer fila seis horas e meia antes do início da cerimônia, marcada para 14h30, no horário de Brasília.
Sentado no chão, ele passa o tempo jogando cartas com seus filhos pequenos e sua esposa, e falando com o resto das pessoas da fila. E, apesar do risco de chuva, levou apenas um "guarda-chuva pequeno".
"Em Paris, sempre temos esse céu cinza. Então é normal que os Jogos comecem assim", acrescenta o homem, na entrada localizada em frente ao Museu do Louvre e não muito longe da Ópera de Paris.
Do outro lado da barreira, guardados por uma dezena de guardas, os voluntários dos Jogos Olímpicos, com os seus inconfundíveis bonés cor-de-rosa, recebem as últimas instruções para orientar os espectadores.
“Temos vontade, mais do que vontade, estamos determinados a dar tudo. Queremos corrigir a imagem dada durante a final da Liga dos Campeões (em 2022) com uma boa organização”, afirma Hatim Berradi, voluntário de 30 anos.
- "Que comece a festa!" -
A França organizou um grande grupo de forças de segurança. Mais de 45 mil policiais e gendarmes garantirão a segurança da cerimônia, além de 10 mil soldados e 1 mil agentes policiais.
Quase 1.900 policiais estrangeiros também prestam serviço a Paris e seus colegas franceses, como a dezena de agentes de Emirados Árabes Unidos que espera a chegada do público entre as pirâmides de Louvre.
"É muito lindo estar em Paris com toda essa história e esses monumentos", disse Alí, chefe da polícia emiradense, enquanto membros de sua equipe tiram uma foto rara em frente a um museu do Louvre sem turistas.
Para Letícia, uma turista brasileira de 35 anos, "há muitos carros da polícia, sirenes, muito barulho", mas admite que "o acalma ver tantos polícias".
"Estávamos no Rio durante os Jogos Olímpicos de 2016 e os aparatos eram similares", diz a mulher, que espera, junto de sua compatriota Camila, conseguir um bom lugar e “comer bem e beber um bom vinho”.
De suas arquibancadas poderão assistir à chegada dos atletas em barcos ao longo do Sena e, graças aos telões instalados, o espetáculo tomará conta de lugares emblemáticos como Notre Dame e a Torre Eiffel.
“Tínhamos medo pela segurança, mas tudo está muito seguro”, afirma Melanie Ruiz, uma americana de 34 anos, juntamente com o seu compatriota George Weber. Após o transe, eles agora estão claros: “Que comece a festa!”
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