Cerca de 200 migrantes irregulares foram interceptados a bordo de uma canoa na costa norte do Senegal, uma rota cada vez mais usada para chegar à Europa, apesar dos inúmeros naufrágios mortais, informou o Exército.

"Acabaram de chegar a Dacar para seu controle e identificação", informou à AFP um porta-voz do Exército do Senegal após a operação realizada pela Marinha perto da ilha de Saint-Louis, a última de uma longa série de intervenções nos últimos meses.

A Direção de Relações Públicas das Forças Armadas (Dirpa) informou, na última semana, a intercepção de mais de 250 "migrantes irregulares" também a bordo de uma canoa precária, vindo de vários países da África.

Pelo menos 25 pessoas morreram em um naufrágio na última segunda-feira (22) ao longo da capital da Mauritânia, Nouakchott, segundo a agência oficial AMI.

No início de julho, a Guarda Costeira mauritana encontrou os corpos de quase 90 migrantes na costa sudoeste do país africano. Segundo testemunhas, 170 pessoas viajavam em canoas.

A rota atlântica, que leva os migrantes às Ilhas Canárias, na Espanha, é particularmente perigosa devido às suas fortes correntes e porque os migrantes viajam em canoas lotadas, em mau estado e sem transporte de água potável.

No entanto, esta rota é cada vez mais utilizada devido ao reforço da vigilância no Mediterrâneo.

Mais de 5.000 pessoas morreram ao tentar chegar à Espanha por mar nos primeiros cinco meses do ano, o que equivale a 33 mortes por dia, segundo Caminando Fronteras, uma ONG espanhola.

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