As cotações do petróleo caíram nesta sexta-feira (26), enfraquecidas pelas incertezas do mercado sobre a situação econômica mundial e a demanda pela commodity.

O barril Brent do Mar do Norte, negociado em Londres para entrega em setembro, recuou 1,50%, para 81,13 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), referência no mercado americano e com o mesmo vencimento, baixou 1,43% e fechou cotado a 77,16 dólares.

As reservas comerciais de petróleo estão atualmente em seu nível mais baixo em cinco meses nos Estados Unidos, depois de quatro semanas consecutivas de queda, o que as reduziu em mais de 24 milhões de barris.

"As cotações permaneceram sob pressão esta semana", resumiu em uma nota Barbara Lambrecht, do Commerzbank, enquanto Phyl Flynn, do Price Futures Group, considerou que "os temores a respeito do andamento da economia mundial estão relegando a um segundo plano" esse fator.

Na China, o banco central (PBOC) pegou o mercado de surpresa na quinta-feira ao baixar a taxa de juros oficial para os empréstimos a médio prazo (MLF), "refletindo a preocupação pela piora das perspectivas de crescimento" do gigante asiático, segundo economistas da Pantheon Macroeconomics.

Em França, Alemanha e Reino Unido, pesquisas entre empresários também divulgadas na quinta-feira mostraram uma menor confiança no rumo da economia, enquanto nos Estados Unidos os pedidos de bens duráveis caíram em junho, de acordo com os dados oficiais publicados nesse mesmo dia.

Outra fonte de preocupação para os operadores do mercado provém da possibilidade de um aumento da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados da Opep+ no segundo semestre.

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