A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, chamou de históricas as eleições presidenciais deste domingo (28), na Venezuela, e disse que a vontade da população deve ser respeitada.
"Os Estados Unidos apoiam o povo da Venezuela que expressou a sua voz nas eleições presidenciais históricas de hoje. A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada", disse a vice-presidente americana em publicação na rede social X.
"Apesar dos muitos desafios, nós continuaremos trabalhando em prol de um futuro mais democrático, próspero e seguro para o povo da Venezuela".
The United States stands with the people of Venezuela who expressed their voice in today’s historic presidential election. The will of the Venezuelan people must be respected. Despite the many challenges, we will continue to work toward a more democratic, prosperous, and secure…
— Vice President Kamala Harris (@VP) July 28, 2024
Mais de 21 milhões de eleitores estavam aptos a ir às urnas para definir o futuro político de Nicolás Maduro, que comanda um país abalado por uma crise econômica prolongada, pressões internacionais e uma diáspora de milhões de venezuelanos que deixaram o país em busca de melhores condições.
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No poder desde 2013, quando assumiu a presidência após a morte de Hugo Chávez, Maduro tem como principal oponente Edmundo González Urrutia.
Mais cedo, ainda neste domingo, o chefe da diplomacia do governo Biden, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos "não vão prejulgar o resultado" do pleito.
"Esta é uma escolha para os venezuelanos fazerem, mas o povo venezuelano merece uma eleição que reflita genuinamente sua vontade, livre de qualquer manipulação", disse o secretário de estado americano em evento no Japão.
Em outubro de 2023, os Estados Unidos aliviaram sanções à indústria petrolífera da Venezuela após um acordo entre Maduro e partidos de oposição. A flexibilização durou pouco, e foi rescindida após a Suprema Corte de Caracas tornar inelegível por 15 anos a candidata da oposição María Corina Machado.
Blinken disse que o ditador venezuelano não cumpriu muitos dos compromissos assumidos naquele acordo, mas que ainda havia "enorme entusiasmo" antes do pleito.