O presidente venezuelano, Nicolás Maduro       -  (crédito: YURI CORTEZ / AFP)

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro

crédito: YURI CORTEZ / AFP

Países expressaram dúvidas sobre a transparência da eleição presidencial na Venezuela, enquanto que apenas alguns aliados declararam apoio irrestrito a Maduro após o resultado divulgado na madrugada desta segunda-feira (29/7). 

 

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela informou que Nicolás Maduro obteve 51,2% dos votos, contra 44,2% do candidato de oposição, Edmundo González. O Brasil ainda não comentou sobre o resultado eleitoral.

 

Quem criticou?

 

Estados Unidos: O chefe da diplomacia norte-americana Antony Blinken expressou "grave preocupação" com a possibilidade de que o resultado eleitoral anunciado na Venezuela não reflita a vontade do povo. Ele pediu uma apuração "justa e transparente" dos votos.

 

Colômbia: O chanceler Luis Gilberto Murillo pediu a "contagem total dos votos, a verificação e auditoria de caráter independente" para "eliminar qualquer dúvida sobre os resultados".

 

União Europeia: O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, pediu que a Venezuela garanta "total transparência no processo eleitoral, incluindo a apuração detalhada dos votos e o acesso às atas de votação".

 

Chile: O presidente chileno, Gabriel Boric, disse que os resultados anunciados são "difíceis de acreditar" e exigiu "total transparência das atas e do processo", e que observadores internacionais "não comprometidos com o governo confirmem a veracidade dos resultados".

 

Itália: "Tenho muitas dúvidas sobre o desenvolvimento regular das eleições na Venezuela", afirmou o chanceler italiano, Antonio Tajani, que exigiu "resultados que possam ser verificados". 

 

Guatemala: "A Venezuela merece resultados transparentes, precisos e que correspondam à vontade do seu povo", escreveu o presidente Bernardo Arévalo.

 

Uruguai: Para o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, "não se pode reconhecer um triunfo se não se confia na forma e nos mecanismos utilizados para chegar nele". 

 

Peru: O chanceler peruano Javier González-Olaechea anunciou que convocará o embaixador do Peru na Venezuela para consultas diante do "graves anúncios oficiais das autoridades eleitorais venezuelanas".

 

Argentina: "A Argentina não vai reconhecer outra fraude e espera que desta vez as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular", disse o presidente Javier Milei.

Quem apoiou?

China: O país chinês, que mantém vínculos próximos com a Venezuela, felicitou Nicolás Maduro pela reeleição e afirmou que está "disposto a enriquecer a associação estratégica" com o país latino-americano.

 

Rússia: O presidente Vladimir Putin também parabenizou Maduro e destacou que as relações entre os dois países "constituem uma associação estratégica" e que acredita que estas se desenvolverão "em todas as áreas".

 

Bolívia: O presidente Luis Arce celebrou que "a vontade do povo venezuelano tenha sido respeitada nas urnas", ao mesmo tempo que destacou a "vontade de continuar fortalecendo os nossos laços de amizade".

 

 

Honduras: A presidente Xiomara Castro felicitou Maduro por "seu triunfo inquestionável, que reafirma sua soberania e o legado histórico do comandante Hugo Chávez".

 

Nicarágua: "A Maduro nossa homenagem e saudação, em honra, glória e por mais vitórias", afirmou o presidente Daniel Ortega.

 

Cuba: "Hoje triunfou a dignidade e o valor do povo venezuelano sobre pressões e manipulações", escreveu o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

Com informações da AFP