O Brasil "condena veementemente o assassinato" do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, um ato de violência que não contribui para a busca da paz no Oriente Médio, expressou o Ministério das Relações Exteriores nesta quarta-feira (31).

O Brasil, que preside neste ano o G20, "repudia o flagrante desrespeito à soberania e integridade territorial do Irã", acrescentou o Itamaraty.

"Tais atos dificultam ainda mais as chances de uma solução política para o conflito em Gaza, ao impactarem negativamente as conversações que vinham ocorrendo para um cessar-fogo e a libertação dos reféns", concluiu o ministério.

O governo Lula insistiu hoje na urgência de implementar um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza para deter "a grave escalada de tensões no Oriente Médio", segundo a chancelaria.

Mais cedo, o país condenou o ataque aéreo de Israel perto de Beirute que matou o líder do movimento libanês Hezbollah: “A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a uma espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países".

O conflito com o Hamas afetou as relações diplomáticas entre Israel e o Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido uma das vozes mais fortes no cenário internacional contra a ofensiva militar israelense, e seu governo chamou de volta em maio o embaixador em Israel, sem nomear um substituto até o momento.

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