Nicolas Maduro       -  (crédito: Federico PARRA / AFP)

Nicolas Maduro

crédito: Federico PARRA / AFP

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que está disposto a apresentar "100% das atas eleitorais" do pleito presidencial realizado no domingo (28/7). A declaração foi realizada nesta quarta-feira (31/7), em meio a questionamentos de opositores e de parte da comunidade internacional acerca da fidelidade das eleições.

 

O Conselho Nacional Eleitoral (alinhado ao presidente) informou que Maduro teve 51,2% dos votos, contra 44,2% de Edmundo Gonzáles. A oposição, porém, alega ter provas de que Maduro foi derrotado e que Gonzáles conquistou mais de 70% dos votos.

 

"Como líder revolucionário da Venezuela, o Partido Socialista Unido da Venezuela está pronto para apresentar 100% das atas eleitorais, que estão em nossas mãos, e esperamos que a Sala Eleitoral [do Tribunal Supremo de Justiça] faça o mesmo com cada candidato e cada partido", declarou Maduro em pronunciamento na sede da Corte, em Caracas.

 

 

O líder disse que há provas de um "complô global contra a Venezuela". Maduro criticou a principal liderança da oposição, María Corina Machado, e a acusou de protagonizar uma "tentativa de golpe de Estado utilizando o processo eleitoral".

 

O Centro Carter, um dos principais observadores do processo eleitoral na Venezuela, disse não ser possível "verificar ou corroborar" os resultados anunciados pelo Conselho venezuelano.

 


 

Diversos países passaram a cobrar a publicação das atas com os detalhes da votação de domingo, como o Brasil e os Estados Unidos. Em um telefonema realizado na terça-feira (30/7), os presidentes Lula (PT) e Joe Biden alinharam a postura das nações sobre as eleições venezuelanas.

 

“Concordamos sobre a necessidade de uma divulgação imediata dos dados de votação completos, transparentes e detalhados pelas autoridades eleitorais venezuelanas”, escreveu Biden no X (antigo Twitter).